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Quanta coisa acontece quando uma bola de futebol chega ao seu destino? Pois bem, há quem consiga estabelecer um paralelo entre o mundo do futebol e o nosso dia-a-dia.

O quarto gol sofrido pelo goleiro Fábio do Cruzeiro, no primeiro clássico da final do Campeonato Mineiro pode levar a uma reflexão.

O texto é do jornalista Sidney Garambone e está publicado no seu blog. Por não ter um permalink, segue o texto na íntegra:

"FÁBIO TEM RAZÃO

Fábio deu as costas. Simplesmente recusou-se a encarar o drama. Cansou. Não é de hoje que a bola maldita anda aprontando para o seu lado. Saiu do Vasco, teve problemas com a Justiça e finalmente achou que tinha encontrando a paz no Cruzeiro. Voltou à Seleção. Mas os problemas continuaram. É um frango ali, uma acaso aqui, uma bola traiçoeira acolá, um montinho artilheiro safado, uma trombada de cabeça com o atacante... E pior, uma inhaca que o deixava sempre em pé para enfrentar outras. Diferentemente de seu colega Marcos, do Palmeiras, que a cada inhaca é obrigado a ficar parado pelo menos 2 meses.

Pois então, senhoras e senhores. Ao levar o terceiro gol do Atlético, numa final do Campeonato Mineiro, em pleno Mineirão. Fábio cansou. Foi até a frente da área, reclamou dos zagueiros, da vida, da camisa azul, do céu estrelado, do calor mineiro... e deu as costas para tudo aquilo.

Quisera eu ter a coragem de dar as costas para tudo isso que está aí. Quisera eu ter a coragem de Fábio, que olhou aquela desgraça vindoura e desistiu de encará-la. Quisera eu abrir o jornal, ver engravatados sorridentes do Congresso, preocupadíssimos com política colegial e regimentos internos, como se o Brasil já estivesse pronto. Prontinho, perfeito, acabado. Quisera eu poder virar as costas diariamente as vítimas inocentes deste país enlouquecido, esquizofrênico, que banalizou a morte de forma indecente e imoral. Quisera eu ter a audácia de fechar os olhos para o PM que anda de carabina em punho nas ruas da Zona Sul do Rio, morrendo de medo, assustando mais do que protegendo, sentindo-se um alvo móvel e com um salário patético.

Mas não consigo.

Fábio conseguiu. Ligou o “dane-se”. Caminhou lentamente para a baliza, que o aguardava impávida e imponente. Dentro da rede, a bola amarela. Amarelo Manga. Amarela de vergonha.

O cheiro do ralo.

Súbito, outra bola.

Gol. O quarto do Atlético.

E Fábio caiu em si. Neste país até dar as costas para a realidade é proibido. Até os alienados são punidos.

E tome goleada.

Goleada.

Goleada.

Nunca a favor.

Talvez fosse a hora de Fábio abandonar o Cruzeiro, Minas e quem sabe até mesmo o futebol.
Melhor não.

Talvez encontre destino ainda mais patético do que ser filmado segurando duas bolas, atônito, pedindo explicações ao juiz, ao destino, à vida.

Goleada.

Nunca a favor."