Rita de Cássia Sampaio esfaqueou o deputado Federal Antônio Carlos Magalhães Neto - o ACM Neto ( veja: iG último segundo, G1, Reuters e + no Google News ).

No Jornal Nacional foi noticiado que a mulher teria problemas mentais e estava transtornada. Já o Jornal da Cultura informou que o ato se deu pela revolta da mulher diante do aumento salarial dos parlamentares (91%) enquanto ela enfrenta dificulades para receber seu FGTS.

Coincidentemente eu comentei aqui sobre como pessoas que necessitam do dinheiro do Seguro Desemprego - e extendo aqui ao FGTS - esbarram na burocracia. Como se não bastasse o atendimento precário com mais de 100 pessoas, não mais em filas, mas munidas de senhas diante de televisores sem som. A coisa chega a tal ponto que, se você chegar às 14h30 corre o risco de não ser mais atendido, lembrando que o atendimento vai até às 17h. Na Caixa Econômica Federal ocorre algo parecido.

Eu estou aguardando a liberação do meu Seguro Desemprego até hoje. O pedido foi feito no dia 04 de outubro. Um mês depois não foi deferido meu pedido, alegando que não comprovei vínculo empregatício sendo que um simples depósito de FGTS cujas informações são enviadas eletronicamente comprova este vínculo. Não é a primeira vez que isso ocorre comigo. Entrei então com um recurso datado de 03 de novembro e até hoje nada!

O ato dessa mulher serve como alerta. Não que as pessoas devam sair por aí esfaqueando parlamentares, mas fica claro que a população não é nada boba e entende o que se passa. Está indignada.

Onde estão os movimentos sindicais? O movimento estudantil? Ninguém se move para manifestar o repúdio ao aumento salarial dos parlamentares. Eu me incluo nesta lista.

Ninguém faz nada. A mulher na Bahia, ainda que a seu modo, seja ele correto ou não, fez.