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Já ouviu falar do livro Rota 66? (leia o 1º capítulo aqui). De autoria de Caco Barcelos (leia entrevista para revista Caros Amigos), Rota 66 revela um balanço fruto de uma pesquisa realizada entre 1970 e 1992 envolvendo a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar).
A pesquisa cruzou dados colhidos no acervo do Jornal Notícias Populares, no Institudo Médico Legal (IML) e os Inquéritos Policial Militar.
Na maioria dos casos, jovens negros ou pardos moradores da periferia eram executados por policiais da ROTA. Munidos de armas ilegais obtidas clandestinamente, os policiais incriminavam suas vítimas a fim de legitimar um confronto. Alegavam que a vítima havia reagido ou resistido à prisão. Após a execução, num gesto humanitário(sic), as vítimas eram levadas para Hospital com a desculpa de que seriam socorridas, mas na verdade o que estava sendo feito era a violação do local do crime tornando inviável o serviço da perícia técnica.
Detalhe: Nesses confrontos eram raras as baixas de policiais militares. Em meio ao tiroteio, as vítimas eral alvejadas com disparos na cabeça e no peito. Em um dos casos do livro, foram disparados quatro tiros certeiros na cabeça de um soposto ladrão que na verdade nunca teve passagem pela polícia.

Mas por que estou falando tudo isso?

Porque acabo de ler a matéria publicada hoje na Folha de São Paulo, onde o Comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges é entrevistado.
Leia a matéria, repare no antetítulo.
GUERRA URBANA /GOVERNO
Polícia não matou inocentes, diz coronel
Comandante-geral da Polícia Militar afirma que não houve excessos e que todas as mortes ocorreram em situação de confronto Polícia não matou inocentes, diz coronel

FABIO SCHIVARTCHEDA REPORTAGEM LOCAL
O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, afirma que nenhum dos mortos em confronto com a polícia desde o início dos ataques do PCC, na sexta-feira passada, era inocente. "Não há provas do contrário", diz.
Questionado se entre as 107 mortes houve excessos da polícia, o comandante afirma: "Ainda não. Todas as mortes aconteceram em contra-ataques da polícia. Está claro nas ocorrências".Em entrevista à Folha, na tarde de ontem, o coronel diz que não haverá novos ataques neste final de semana, que 70% dos mortos pela polícia têm uma longa ficha criminal e que concorda com a não divulgação, por ora, dos boletins de ocorrência com nome e detalhes das mortes -"para não atrapalhar a investigação".
Há 33 anos na PM, na qual já foi bombeiro e cuidou do trânsito, o paulista de 51 anos, natural de Parapuã, também dá sua opinião sobre o massacre do Carandiru, no qual 111 presos foram mortos. Leia trechos da entrevista.

Folha - Haverá novos ataques neste final de semana?
Elizeu Eclair Teixeira Borges - Minha análise é de um profissional de polícia. Não faço análise política para enganar ninguém. Estamos observando uma redução dos eventos [criminosos]. Os recentes são localizados, não uma onda como nos primeiros dias. Hoje [ontem], durante o dia, não houve nenhuma ação. Mas o pessoal agora está confundindo. Temos ocorrências normais numa metrópole com mais de 10 milhões de habitantes.

Folha - Então qual é a recomendação da polícia para a população?
Eclair - Vida absolutamente normal. Temos um controle do terreno absoluto.

Folha - A Folha conversou nos últimos dias com familiares, amigos e vizinhos de algumas das vítimas que reclamam da atuação policial. Dizem que ocorreram assassinatos de pessoas inocentes pela polícia. Como o senhor vê isso?
Eclair - De maneira alguma. Tenho controle de caso por caso. E posso lhe afirmar que pelos nossos levantamentos quase 70% [dos mortos] têm uma longa ficha criminal. Temos uma meia dúzia desses que saíram [em indulto] no Dia das Mães. Em cada caso temos a ocorrência, a explicação, o boletim de ocorrência.
Folha - E por que isso não é divulgado para a imprensa?
Eclair - Inicialmente, eu tinha a idéia de divulgar. Mas depois os órgãos de inteligência me convenceram do contrário.
Folha -Como?
Eclair - Mostrando fatos. Vamos dar um exemplo. O João da Silva [exemplo fictício] que morreu e tal, na hora em que entrou no sistema da polícia, apareceu que ele pertencia a um bando de 5 ou 6. Então, não interessa publicar agora, porque na realidade esse trabalho de rua [o enfrentamento] é o primeiro trabalho. O segundo é o que chamamos de verificar o bando. Na hora que você publica, o bando vai fugir. Até acredito que, num futuro não muito distante, na hora em que isso estiver bem encaminhado, isso tem que ser mostrado.
Folha - Quando?
Eclair - Quando o bando já estiver identificado, preso.

Folha - Há o risco de algum inocente ter morrido em confronto com a polícia?
Eclair - Não vejo por esse prisma. Se alguém tem alguma suspeita, venha até a Corregedoria, vamos pôr no papel e vamos convidar o Ministério Público para acompanhar. Não queremos esconder nada. E, se cometeu alguma ilegalidade, vai pagar.
Folha - Não ocorreram excessos?
Eclair - Ainda não. Todas as mortes aconteceram nos contra-ataques da polícia. Está claro nas ocorrências.
Folha - Mas a imprensa não teve acesso às ocorrências.
Eclair - É isso que causa desconfiança. Uma hora, num futuro não muito distante, vai ter que mostrar isso. Os inquéritos têm 30 dias para ir à Justiça, daí são abertos, e você tem acesso.
Folha - Há quem compare os mortos pela polícia nesta semana [107] com o massacre do Carandiru [com 111 presos mortos, em 1992].
Eclair - De jeito nenhum. E olha que sou um crítico do Carandiru.
Folha - A polícia errou naquele momento?
Eclair - Sou um crítico do modus operandis daquela operação.

Folha - Houve excessos?
Eclair - Não, não houve. Houve falta de planejamento, falta de técnica na entrada, falta de negociação. Mas não vem colocar: comandante aprova Carandiru. Não vem com isso daí, hein.
Folha - Só perguntei sua opinião.
Eclair - Eu não tenho opinião sobre o Carandiru. Mas é muito fácil falar sem ter estado lá.