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Tenho a impressão de que gostamos do passado por se tratar de um momento em que não estávamos impregnados de rótulos e/ou valores. Hoje em dia tenho comentado com alguns colegas [de faculdade] sobre algo que, de certa forma, tem me incomodado: Como estudantes de Comunicação já carregamos o rótulo de que não estudamos nada, puro engano. Estudo neste semestre: Política e Mídia, Ética, Economia, Antropologia, Gestão Empresarial e Oficina de Comunicação Escrita.
O que tenho comentado se refere à TV – principalmente. Se assistirmos Faustão ou Big Brother somos toscos; se optarmos por Re[corte]cultural ou Roda Viva somos Cult; Altas Horas: Nerd.
No cinema se o filme é Hollywoodiano somos coniventes e capitalistas; Se é italiano, espanhol, francês, alemão e está em cartaz no Belas Artes somos Cult; Se é documentário somos nerd.
Na livraria, Paulo Coelho é tosco, Harry Poter é infantil, Gabriel García Marques é Cult, Pierre Levy, Adorno e Cia: somos nerd. E se resolvemos debater sobre isso tudo somos pseudo-intelectuais.
Julgados e rotulados o tempo todo. A tecnologia auxilia neste sendido: agilidade e velocidade proporcionais ao nosso anseio pela resposta. Fica-se enlouquecido se o celular acaba a bateria. Escrever à mão? Nem pensar!!!
Eu, particularmente, prefiro escrever a mão não por uma questão nostálgica e sim por uma questão prática: nem sempre quando a idéia vem, tenho o computador por perto além do mais,quando manuscrito, o texto flui mais... Aversão à tecnologia? Jamais! MSN, e-mail, orkut, RSS e Cia são muito bem vindos, mas os bilhetes e cartas ainda têm seu espaço.

  ::: Blogger Anie Karenina comenta:
Adorei o texto... muito bom mesmo... vou colocano no meu orkut... pode deixar q eu dou os créditos...
23/4/06 11:57

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