Contagem regressiva

Tempo restante do último período de jornalismo:




Busca

QUEM?

Everaldo Vilela tem 25 anos e cursa o 8º período de jornalismo na PUC Minas. É Atleticano... [continua...]

Na maioria das vezes, bem humorado.

Lembre-se:
Quanto maior a dor maior o alívio.

Everaldo está no Orkut.

Tem fotos no flickr e também vídeos no youtube.

Contato: blog@everaldovilela.com

Lendo

Banalogias - Francisco Bosco

Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márquez

Ensaio sobre a cegueira - José Saramago

ARQUIVO

Últimas postagens

Acéfalo? Imbróglio?

Hot dog

Presidente do Galo renuncia

Eleição do mala

Eu não tenho nada a ver com isso

Coisa chata

Entre aspas: José Saramago

Google e o cinema

Mudam a capa do livro

Pergunta esquisita

Torcedor




101 JOGOS
49 VITÓRIAS
21 EMPATES
31 DERROTAS
Fez 185 gols e sofreu 128

Os números dos 100 jogos aqui e a lista dos confrontos aqui.

Último jogo: Galo 2 x 1 Náutico

Não deixe de ouvir

Cidadão Quem
Engenheiros do Hawaii
Os Paralamas do Sucesso
Pato Fu
Tianastácia

Não deixe de ver

Bafafa!
Blog prof. Caio Cesar
Blog do Tas
Charge OnLine
Cia Boa Notícia
Cocadaboa.Com
Comédia Stand-up
Como tudo funciona
Desencannes
Duke - chargista
Hipermeios
Le Troca
Michel Melamed
MP3tube
Música de bolso
Palavras Cruzadas
Stand-up Comedy Brasil



Clube Atlético Mineiro



Powered by Blogger



Template de Everaldo Vilela

Home • Acéfalo? Imbróglio? » • Hot dog » • Presidente do Galo renuncia » • Eleição do mala » • Eu não tenho nada a ver com isso » • Coisa chata » • Entre aspas: José Saramago » • Google e o cinema » • Mudam a capa do livro » • Pergunta esquisita »

1990: Formatura pré-escolar

Começo a trabalhar quando a madrugada já está prestes a dar lugar ao dia, às 5h30.  Neste domingo chuvoso já no fim do expediente passo por uma senhora e começo a descer as escadas que dão acesso a uma das plataformas de embarque do metrô.

Notei que a senhora continuava parada e perguntei:

- A senhora quer ir para onde?

É comum no meu trabalho orientar usuários perdidos e que não estão acostumados a utilizar o metrô. 

A senhora sorriu e respondeu com outra pergunta:

- Você estudou no Castelo Branco não estudou?

Surpreso respondi que sim. Na cabeça uma busca acelerada pela memória para lembrar que era aquela senhora cujo rosto era familiar.

Ela continou:

- Vi você na televisão outro dia! Ela se referia à matéria do MGTV em que fui personagem.

Após uma breve pausa ela disparou:

- Everaldo!!

A memória não me trairia naquele momento. De bate pronto respondi apreensivo:

- Marlene!

- Isso mesmo. Respondeu acenando a cabeça positivamente e, sorrindo, caminhou em minha direção e me abraçou.

Os cabelos brancos e a expressão cansada não deixavam esconder as marcas do tempo. Marlene foi minha professora há 16 anos quando eu cursava a 2ª série.

Como professora não poderia deixar de perguntar sobre o que fiz nos estudos. Antes porém ela tirou uma dúvida:

- Você joga no Galo?

- Não. Jogo não, fiz uma matéria como personagem. É que sou torcedor de ir a todos os jogos e no fim de semana anterior ao da matéria eu saltei de pára-quedas com a camisa do Galo. Aí fui parar no MGTV.

- É que vi muito rápido. Na hora comentei: ‘esse menino foi meu aluno, tenho certeza’.

- Você continua estudando?

- Estou no último período de Jornalismo. Ela sorriu novamente e comentou sobre as dificuldades da língua portuguesa.

Era nítida a expressão de satisfação com a notícia. A conversa se extendeu depois de uma  conformidade:

- Vamos perder o trem, mas não tem problema, disse a professora com ar de quem gostava daquela conversa. Respondi em tom de brincadeira que eu não ia perder trem pois trabalhava ali. 

Conversamos por mais alguns minutos. Ela me deu outro abraço e se despediu dizendo estar feliz em me rever. Seguiu pelo corredor caminhando devagar. Eu desci as escadas pensando em quantos alunos ela teve em seus anos todos lecionando. Ainda que meu rosto não seja difícil de guardar me impressionou o fato dela ter lembrado meu nome. O crachá funcional estava debaixo da blusa de frio

Como diz a vinheta do programa Re[corte]cultural :
“A memória é uma ilha de edição”