Eu disse no post anterior os cuidados que tomo quando vou ao estádio. Nos clássicos a atenção é maior.

Se você acha que em dia de clássico os arredores do Mineirão tornam-se campos de batalha, você precisa rever seus conceitos.

Realmente essa imagem é "vendida", mas a coisas não é bem assim. Imagine você que mais de 40 mil pessoas estão dividindo um espaço. A probabilidade de haver algum incidente é realmente grande. Mas se não fosse seguro, certamente não veríamos no estádio adultos, crianças, idosos, jovens, homens, mulheres... famílias inteiras. Portanto é seguro sim.

No clássico de hoje, mais uma vez eu fui ao estádio com 4 cruzeirenses, ou seja, ao lado do "inimigo". Isso é o melhor do clássico: ter seu rival ali do lado, pronto para lhe provocar.

Deixamos o carro no estacionamento do cruzeiro e lá fui eu discretamente me dirigindo ao espaço dos Atleticanos. Obviamente, não estava com roupa que idenficasse a minha preferência no jogo. Com uma bermuda laranja e uma camisa dos Engenheiros do Hawaii. Assim é possível circular em qualquer lugar sem ser incomodado ou ameaçado.

O melhor nisso tudo foi depois do jogo quando saí da torcida do Galo e passei pela torcida do Cruzeiro: é incrível. O silêncio, as lamentações, as reclamações e as choradeiras diante da derrota para o Galo.

Melhor ainda foi quando me aproximei dos colegas cruzeirenses, e, numa ironia "desabafei": "Não volto tão cedo ao Mineirão"! "Não é possível! perder para o Galo!?".

E com a cara fechada peço que entremos no carro logo para ir embora. Por dentro estou morrendo de vontade de rir da situação. Os colegas cruzeirenses entendem e respeitam o momento e, de forma sensata, reconhecem a superioridade do Galo em campo e aceitam as brincadeiras numa boa.

Final:
Galo 3 x 1 Cruzeiro.
Espírito esportivo 10 x 0 Estupidez.

Saudações!