O que será da vida de um eleitor que, definitivamente, não vota no Lula e não quer votar em Alckmin? Esta é a situação deste que vos 'fala'.

Alckmin partiu para o ataque e com sete pedras na mão fez Lula sentir-se como muitos se sentiram diante do presidente nos tempos em que era candidato: vidraça. Eu fiquei pensando, talvez, se Lula não estivesse envolto de uma bolha de proteção este tempo todo, não seria alvejado a queima roupa desta vez.

Eu fiquei reparando a postura dos candidatos. Alckmin olhava para a câmera o tempo todo, lula olhava para a platéia, para Alckmin. Lula com as mãos para trás, gesticulando. Alckmin de braços abertos apoiado no "púlpito". Na minha observação, Alckmin foi pra cima de Lula que ficou acuado. Em alguns momentos Lula teve a chance de virar a mesa, mas titubeou apesar de sair relativamente bem de alguns ataques.

Péssima a ironia de Lula ao dizer que Alckmin treinou. Tão ruim quanto o folhear de papéis de Lula além da sua falsa modéstia ao dizer que iria ler. Tão ruim quanto, foi Alckmin dizer que "vai vender o Aerolula"...

O "popululismo" - com todas as aspas que se fizerem necessárias - não me convenceu na outra eleição e nessa não vai ser diferente. Valer-se do social não basta, da simpatia do povo para com o presidente, dificilmente vai me convencer. Por isso não adianta fazer média com o povo.

Alckmin não é santo, o PSDB muito menos.

Essa mania do Lula de ficar comparando irrita. As vezes tenho a impressão de que ele governou para o Fernando Henrique - como dois colegas de sala que disputam nota.

Alckmin aparentou estar mais seguro, foi mais incisivo no que disse. Lula titubeou.

A essa altura fico numa sinuca de bico: como já disse, não voto em Lula. Votar em Alckmin para mostar a Lula minha insatisfação [semelhante aos muitos que votaram em Lula em 2002 para demonstrar insatisfação com FHC] não é, na minha maneira de ver as coisas, a melhor solução.

O jeito, é esperar... o próximo "arranca-rabo".

Continuo depois...